Na presença dos chefes do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca, e do Exército, general Eduardo Mendes Ferrão, o exército promoveu ontem em Vouzela a cerimónia da outorga do Estandarte Nacional à 5.ª Força Nacional Destacada (FND) para a Roménia.
O evento decorreu na Alameda D. Duarte de Almeida e contou com os presidentes da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de Vouzela, Carlos Oliveira e Telmo Antunes, na tribuna de honra.
A 5.ª FND parte no domingo para a Roménia, na sequência da ativação dos planos de defesa da NATO, que decidiu projetar uma Unidade Escalão Companhia para aquele país, no âmbito das Forças Nacionais Destacadas, para integrar as estruturas de forças da NATO naquela região. O efetivo militar será de 200 militares, entre militares do Exército e da Marinha, que realizaram o seu aprontamento no Regimento de Infantaria n.º 14, em Viseu.
Os militares ontem presentes em Vouzela estão preparados para realizar atividades e tarefas com o objetivo de reforçar a presença de forças da Aliança, contribuindo para a dissuasão e defesa em território romeno, no âmbito da NATO e de acordos bilaterais, principalmente através da participação em ações de treino e em exercícios combinados com as Forças Armadas da Roménia e de outros países aliados.
A 5.ª FND será comandada no teatro de operações pelo major de infantaria Nelson Miguel Oliveira de Sousa, que, na sua intervenção, referiu que a presença dos dois chefes do Estado-Maior “nos deixa muito honrados e agradecidos, pela elevada distinção que nos concedem ao presidir a esta cerimónia. Neste momento tão especial para todos nós, a vossa presença representa o significado inequívoco da confiança nesta força, à qual responderemos com permanente profissionalismo e espírito de missão, garantindo sempre a dignificação e o prestígio de Portugal e das suas Forças Armadas”.
O comandante deixou igualmente palavras de apreço ao presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Carlos Oliveira. “Agradeço igualmente a sua presença, quer pela amizade e extraordinária disponibilidade que nos tem dedicado, quer pela excelente relação institucional e de cooperação que connosco tem vindo a desenvolver, materializando, uma vez mais, a ligação próxima existente entre o Regimento de Infantaria n.º 14 e toda a região beirã”, enfatizou.
“A missão que iremos desempenhar na Roménia, por um período de aproximadamente seis meses, não está isenta de riscos, contudo, tenho plena convição que a preparação e treino desenvolvidos nos últimos meses nos permitirá operar de forma consciente e eficaz. O nosso trabalho será de extrema importância e conto com a total disponibilidade, profissionalismo, entrega e dedicação de todos, para que no final possamos cumprir o nosso dever e honrar o exército, Portugal e as suas Forças Armadas”, asseverou.
O simbolismo e o peso da cerimónia militar ficou bem patente nas sua última frase.
“Esta força transportará consigo o estandarte nacional, símbolo maior e perene da nação, sob a égide da qual a honra se eleva, a coragem se acentua, o prestígio se garante e a pátria se eterniza”, concluiu.
General enalteceu o espírito de serviço público
Na sua intervenção, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, José Nunes da Fonseca, enalteceu a dedicação de mais uma força militar que seguirá para território internacional, referindo que “esta cerimónia militar marca o momento a partir do qual passarão a evidenciar as suas qualidades, o seu profissionalismo e o seu espírito de serviço público”.
Considerando a atual ambiente internacional “tenso, perigoso e instável”, mostrou-se convicto de que esta missão “contribuirá para a consolidação de Portugal como um parceiro responsável, credível e ativo no quadro da Aliança Atlântica”, reconhecendo que “o trabalho coletivo de todo o Exército e do conjunto das Forças Armadas tem sido crucial para o reiterado sucesso operacional das forças militares portuguesas chamadas a intervir no exterior”.
“Que vos acompanhe a convicção generalizada de que o desempenho da vossa força será irrepreensível, dignificante e memorável, para particular orgulho do Exército e para prestígio das Forças Armadas, sempre em honra de Portugal”, concluiu o general.
